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Pipoca - O Peixinho Encrenqueiro

PIPOCA, O PEIXINHO ENCRENQUEIRO

ILUSTRAÇÃO Pra. GABRIELA PACHE DE FIÚZA

FIGURA 1

Era uma vez um peixinho que se chamava Pipoca. Ele tinha esse nome porque aonde ele ia estourava uma confusão. Sabe por que? Ele era muito fofoqueiro. Vivia inventando umas “mentirinhas” a respeito dos outros peixinhos.
  No recife, onde ele e os outros peixinhos moravam, era um lugar muito bonito. A água era tão limpinha que lá de baixo dava pra ver o céu. Tinha muitos corais, plantinhas e muita comida pra alimentar todos os peixinhos. Era o local preferido da maioria dos peixes.
Pipoca não gostava, ele ficava com raiva e vivia reclamando:
  – Esse lugar está muito cheio. Não dá nem para nadar. Porque todo mundo tem que vir pra cá?



FIGURA 2

Splash, um peixinho que passava na hora, ouviu Pipoca reclamar e disse:
  – Pipoca, aqui é seguro, não tem pescadores, tem muita comida pra todos, não tem poluição, por isso a maioria dos peixes vive aqui.
Pipoca respondeu:
– Ah não dá, ta muito cheio, procurem outro lugar.
– Não Pipoca, como diz o ditado – “os incomodados que se retirem”, o mar é nosso também. Procure você outro lugar para morar.
Pipoca ficou vermelho de raiva, ele pensou:
…È assim né, procurar outro lugar. Eu cheguei aqui primeiro, então esse lugar é meu! Já sei o que vou fazer para esvaziar o recife. Vou inventar umas mentirinhas e logo todos os peixes vão se zangar uns com os outros e vão embora.



FIGURA 3

E assim ele começou…
Procurou o caranguejo e disse:
– Sabe caranguejo, estou muito triste.
– Por que, disse o caranguejo.
– O baiacu falou que você é muito feio, tem umas garras enormes e feias e parece uma pimenta, de tão vermelho.
– O caranguejo ficou muito irritado e foi tirar satisfação com o baiacu.



FIGURA 4

- Pipoca foi correndo até o baiacu para provocá-lo também.
– Sabe Baiacu, estou muito, muito triste.
– Por que Pipoca. O que está acontecendo?
– É o Caranguejo.
– O que houve com o Caranguejo, ele é meu amigo.
– Amigo?! Se aquilo é amigo, você não precisa de inimigo.
– Por que está dizendo isso Pipoca?
– Sabe como é, eu não gosto de fofoca, mas não aguento ver uma injustiça.
– Diga logo, Pipoca.
– É que o Caranguejo disse que você é espinhudo e quando infla, fica parecendo uma baleia de tão gordo.
– Ah é! Mas o Caranguejo parecia tão meu amigo, falando umas coisas dessas a meu respeito? Vou tirar satisfação com ele.
E foi…



FIGURA 5

Pipoca ficou rindo… Estou conseguindo.
Quando o Caranguejo e o Baiacu se encontraram foi a maior confusão!
Eles discutiram muito, pois já estavam zangados, e um não deixava o outro falar. Foi a maior briga.
Pipoca ficava de longe, só rindo da confusão.
E assim foi… Pipoca foi inventando mentiras sobre os peixinhos do lugar e ia soltando seu veneno. Os peixes, ingênuos, acreditavam em sua estória, acabavam brigando uns com os outros, brigavam e iam embora para outro lugar.



FIGURA 6

A confusão foi tão grande que o lugar foi ficando vazio, vazio. Splash tomou um susto, ele estava viajando por outras águas, quando voltou ao recife, ele estava vazio, só Pipoca estava lá.
Ele pensou… o que está acontecendo este lugar é tão movimentado, tão alegre, cheio de vida, está tão triste. Aí ele viu Pipoca nadando, nadando, todo alegre.
– Pipoca, onde estão os outros peixes? O que aconteceu? Os pescadores descobriram o nosso refúgio?
– Ah, não sei não, os peixes resolveram se mudar pra outro lugar.
– Por que? Disse Splash.
– Ah não sei! Eles arrumaram uma confusão, brigaram e cada um foi para um lado.
– Porque só você ficou aqui Pipoca?
– Ora, aqui é a minha casa, meu lugar, é aqui que eu devo ficar.
– Por que os peixes brigaram, eram tão unidos, tão amigos?
– Umas fofocas que inventaram por aí, e eles acreditaram.
– Fofocas, que fofocas, quem inventou isso? E a seu respeito, ninguém disse nada?
Splash, começou a desconfiar de Pipoca.
– A meu respeito, bem, é, quer dizer, hum, eu não sou bobo, não acredito em qualquer coisa.
– Ah é! E sobre aquela estória que você andava reclamando que o recife estava muito cheio?
– Splash, que era um peixinho muito inteligente, começou a apertar Pipoca com tantas perguntas, ele sabia que tinha alguma coisa errada.
– Pipoca, que tinha a língua solta, não aguentou e disse:
– Tá bom, eu confesso fui eu que inventei as fofocas. Mas não me arrependo, o recife ficou do jeito que eu queria, bem vazio e sossegado.
– Splash, responde:
– Ah é, então fique com o recife todo para você, porque eu também vou para outro lugar, vou procurar os meus amigos, fique aí sozinho, do jeito que você queria.



FIGURA 7

- Vai mesmo, eu não preciso de ninguém, posso viver aqui sozinho, vai mesmo, tchau!
Só que Pipoca achou que poderia viver sozinho. Sem ninguém para brincar, estudar, conversar. Passava todos os dias ali sozinho, nadando de um lado para o outro. Sem nada para fazer.
– Que coisa chata, eu não tenho ninguém para brincar, não tenho ninguém para conversar, eu estou me sentindo tão sozinho. Buá….Buá…
E começou a chorar, ele chorava tão alto que os outros peixinhos ficaram com muita pena dele. Apesar do que Pipoca tinha feito, eles mesmo assim o amavam e resolveram ver o que estava acontecendo.



FIGURA 8

- Splash, que era tipo um líder, perguntou:
– O que está acontecendo com você Pipoca, por que está chorando?
– Eu me sinto tão só , eu não sabia que era tão ruim ficar sozinho, sem ninguém para brincar, conversar.
– Ah então você não queria o recife todo para você?
– Eu não quero mais, o recife não é só meu, eu quero os meus amigos de volta.
– Então, peça desculpas a todos e diga que foi você que inventou todas aquelas mentiras.
E assim foi, Pipoca pediu perdão a todos e disse que nunca mais faria aquilo, ele tinha aprendido a lição. Ninguém pode viver sozinho. Todos nós precisamos de alguém. Precisamos da mamãe, do papai, dos irmãos, do coleguinha, precisamos os irmãos da nossa igreja. E principalmente precisamos de JESUS CRISTO. Pois sem ele é muito difícil viver.
“Oh quão bom e quão maravilhoso é viverem unidos os irmãos”! (Salmo 133:1)



OBS: Outros versículos poderão ser usados nesta
história, conforme a necessidade e assunto de cada um.



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